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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Especial do Mês: Keira Knightley

Por Fernanda Gouveia

        Final de mês chegando e mais um especial!



        Keira tem 27 anos e é inglesa. Desde pequena seu sonho era ser atriz, já que seis pais eram. Porém, sofria de dislexia, e com muita força de vontade conseguiu superar este obstáculo. Tinha somente 20 anos quando foi indicada para seu 1º Oscar.



Driblando o Destino


        Em 2002 Keira se torna coadjuvante deste filme. Jesminder Bhamra (Parminder Nagra) é uma indiana apaixonada por David Bekcham (quem não é?) e seu grande sonho é ser jogadora de futebol. O problema está em ter que confrontar sua família e tradições para seguir seu sonho. Keira é a personagem Jules que tem total apoio da família em ser jogadora e se torna amiga de Jesminder. O filme é bem sessão da tarde, mas gostoso de ver.


 




Orgulho e Preconceito

        Lançamento em 2005, e 1ª indicação ao Oscar da atriz que tinha apenas 20 anos. O filme já foi comentado aqui no blog.


Desejo e Reparação


        Em 2007 Keira volta a ser protagonista de mais um filme do diretor Joe Wright (diretor de Orgulho e Preconceito), e claro, mais uma vez ela arrasa.

        Briony Talles (no filme é representada por 3 atrizes em idades distintas – Saoirse Ronan com 13 anos; Romola Garai com 18 anos e Vanessa Redgrave na 3ª idade) é uma jovem que sempre sonhou em ser escritora e possui uma imaginação muito fértil. Em um jantar familiar, ela resolve acusar o filho do caseiro Robbie Turner (James McAvoy) de ter estuprado sua irmã mais velha Cecília (Keira Knightley) o que acaba destruindo o futuro de ambos.

        Spoiler: Por favor, me permitam falar um pouco deste filme maravilhoso. Ocorre que Robbie e Cecilia se amavam, e ela sofre muito quando ele é preso e vive culpando sua irmã por isso. Com a guerra a todo vapor, todos os prisioneiros são levados a combate (assim o tempo da pena é reduzido), Robbie é enviado pro campo enquanto Cecilia resolve ajudar os sobreviventes também se colocando em perigo. Importante ressaltar que o filme nos mostra o olhar de Briony com seus 60 anos contando o romance de sua irmã.  Mais tarde, veremos que Robbie saiu da guerra bastante ressentido, mas com o amor de Cecilia conseguiu superar todos seus medos, finalmente, descobrimos que o estupro que Briony acusou Robbie na realidade quem cometeu foi Paul Marshall (Benedict Cumberbatch) em sua melhor amiga Lola Quincey (Juno Temple). Também vamos compreender que toda estória feliz que Briony narra não passa de sua imaginação, pois na realidade sua irmã e Robbie morreram no período da guerra, e seu ressentimento foi tão grande que ela decidiu escrever um romance como ambos mereciam ter tido.
 
        Emocionante como o diretor nos mostra o que uma mentira é capaz de fazer, e como se torna um fardo carregar uma culpa que não existe mais reparação.







A Duquesa


        Seu ano de lançamento foi em 2008, e já foi comentado no blog.


Amor Extremo


        No mesmo ano, Keira estréia mais um filme em um papel comovente, que sinto muito, mas precisarei me estender para falar sobre ele. Importante frisar que a roteirista é mãe de Keira, e escreveu o papel de Caitlin tendo a filha em mente, mas esta optou por interpretar Vera, e é Keira quem realmente canta suas musicas no filme.

        A estória se passa na 2ª guerra mundial, onde Vera Phillips (Keira) é uma cantora que reencontra seu amor adolescente Dylan Thomas (Matthew Rhys) – declaro aqui que o odiei desde o primeiro minuto em que aparece – ele é um poeta que só pensa em beber. Ambos deixam mostras de ainda se desejarem, mas ocorre que agora ele é casado com a alegre Caitlin Macnamara (Sienna Miller), - ressalto que Keira e Sienna deixaram o filme muito mais gostoso de assistir – e estranhamente as duas acabam tornando-se melhores amigas. William Killick (Cillian Murphy) – me apaixonei pelo ator assim que ele entra em cena – é um oficial que se sente atraído por Vera, mas como ele esta prestes a ir pra guerra, ela não quer se envolver, porem, Caitlin acaba convencendo-a. 

        Atenção Spoiler: Vera e William se casam, e com o dinheiro em que ela recebe do exercito, se sustenta e ainda banca o casal Dylan e Caitlin. Detalhe: uma cena muito bonita é quando William promete jamais machucar Vera, e esta promete que dirá às palavras que ele deseja ouvir quando voltar da guerra. Ocorre que William não consegue responder as cartas de Vera, pois o horror da guerra, e os ciúmes que sente de Dylan não o deixam fazer isso. Grávida, Vera fica muito feliz e dá a luz ao bebe, e começa a desejar muito que seu marido retorne e a ajude. Caitlin também acaba engravidando, e como já tem um filho e não agüenta mais suas brigas com Dylan, pede ajuda de Vera para abortá-lo. 

        Segue Spoiler: Quando William retorna, ele está totalmente modificado, e assim que vê o filho ele se nega a pegá-lo (acredita que pode ser de Dylan). O único problema é que no fundo a Vera sente culpa, pois um dia antes do retorno do marido, ela dormiu com Dylan (super babaca!) apenas pra provar que não sentia mais nada por ele. Um dia, William descobre que o tempo todo, foi seu salário no exercito que sustentou o outro casal e se revolta com toda razão. Pega sua arma e vai até a casa de ambos para matar Dylan, nisso Vera tenta impedir e ele acaba machucando-a. Quando ele começa a atirar e invade a casa, Caitlin começa a implorar para que ele pare, já que o filho dela está no quarto. Ele então volta à razão e percebe inclusive que machucou sua esposa, e sente-se ainda mais culpado. Aos poucos, Vera vai mostrando que ama realmente o marido, e começa a fazer com que ele ame o próprio filho. Até que um dia a policia chega à casa de ambos e leva William acusado de tentativa de assassinato (Dylan o denunciou), no dia do julgamento Vera começa a morrer de medo que o marido vá preso, e que ela tenha que suportar mais alguns anos sem ele. Antes que Dylan vá depor, ela conversa com ele e implora para que ajude William o livrando da acusação, pois a verdade é que ela ama seu marido e não pode viver sem ele, e que se ele sentiu ou sente alguma coisa por ela deve fazer isso. E adivinhem só? O cretino acusa William, deixando Vera com muita raiva e remorso do ex amor de infância. Felizmente, o juiz inocenta William e este vai viver em paz com Vera e o filho. Quanto a Dylan e Caitlin, partem finalmente para longe da vida do casal que percebe que se ama verdadeiramente.

        A Vera é perfeita, exceto quando dorme com Dylan; Caitlin às vezes nos irrita com seu jeito louco de ser e por suportar um casamento cheio de brigas; quanto a Dylan eu o odiei pelo seu jeito, e principalmente no final quando dizia amar tanto Vera e tenta deixar preso a pessoa que ela mais ama; e William, o personagem que praticamente cai de pára-quedas no triangulo amoroso, se converteu no meu favorito, pois apesar dos horrores da guerra e da traição, o amor que sente por Vera o transforma em alguém melhor!



  



Apenas Uma Noite

        Em 2009, ela vive Joanna que acusa o marido Michael (Sam Worthington) de estar interessado em Laura (Eva Mendes) uma mulher que trabalha junto com ele. Numa viagem de trabalho, ele acaba se dando conta que realmente se sente atraído, o que ele não espera é que Joanna reencontre seu amor do passado Alex (Guillaume Canet).

        Contêm Spoiler: O problema acredito que tenha sido a estória. No início temos Michael dizendo que ama Joanna, mas depois nas cenas em que vemos ambos, não é isso que parece. Ele acaba sucumbindo e ficando com Laura e depois se arrependendo. Laura não poderia ter feito um par pior, apesar do diretor ter feito uma estória triste (seu namorado morreu) ela não me convence, consigo vê-la apenas como a biscate da estória. É Joanna e Alex que nos proporciona os bons momentos, só não nos faz compreender porque ela escolheu Michael ao invés dele? Ah claro, grande falha o final. Temos um Michael arrependido, que encontra Joanna chorando por Alex, e o que acontece? Qual diálogo virá a seguir? Ela finalmente irá falar a respeito de Alex? Quando você espera uma explicação plausível do enlace de ambos, os créditos surgem na tela, e a decepção dentro de você.






  


Não Me Abandone Jamais

        No ano seguinte, Keira faz parte de mais um triângulo amoroso. No filme Ruth (Keira Knightley), Tommy (Andrew Garfield) e Kathy (Carey Mulligan) são grandes amigos que sempre estudaram juntos. A grande mudança em suas vidas é quando descobrem que o objetivo da disciplina rígida e da alimentação super saudável é que eles estão ali apenas para doarem seus órgãos às pessoas que necessitarem. 

        Spoiler: A partir daí, a vida deles mudam. Os três não passam de clones que foram criados especificamente para ajudar os humanos a viverem mais, e claro, estes acreditam que os clones não possuem alma, mas não é isso que acompanhamos na estória. Vemos que Tommy e Kathy sentem um amor verdadeiro, e que Ruth sentindo a necessidade de ser amada interrompe o sentimento de ambos e conquista Tommy para si. O tempo todo, eles vivem pensando no momento em que serão adultos e terão que suportar as cirurgias e conseqüentemente a morte (nenhum consegue resistir a mais de 3 operações, muitos morrem logo na primeira). No final, temos o arrependimento de Ruth, que abre mão de Tommy e pede para que Kathy leve a instituição os desenhos e prove que eles têm alma para que tenham uma chance, mas na realidade tudo é mentira, e não acreditam que eles tenham sentimentos, revoltando Tommy. No final, Kathy percebe que ela também está prestes a fazer sua primeira doação, e que assim como Ruth e Tommy (que está sendo operado) ela deve aceitar seu destino.

        Não dou nota máxima, porque o tempo todo esperei que os três se revoltassem e fizessem algo contra essa desumanização, mas isso não ocorreu, o que me deixou um pouco chateada, mas mesmo não tendo a tão sonhada revolução, o filme traz muito sentimento, e consegue nos fazer refletir se assim como o trio, não aceitamos fácil demais o nosso destino!









        Assistam os filmes de Keira, e até o próximo mês onde teremos os filmes de Jennifer Aniston, aguardem!

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