Por Fernanda Gouveia
Se tem Natalie Portman, é bom. Este é meu lema, que não vem
me decepcionando!
ATENÇÃO: Contem Spoilers. Contarei a história do filme,
pois basicamente quem estudou no colégio a respeito de Henrique VIII, já saberá
o que acontece.
Em A Outra, temos tudo baseado numa história real. Depois
que vi o filme, corri para descobrir cada detalhe da história.
As irmãs Ana Bolena (Natalie Portman) e Maria (Scarlett
Johansson) quando adolescentes foram para França ter uma melhor educação, anos
depois voltaram para a Inglaterra (segundo os relatos que li, foi porque Maria
teve um caso com o Rei da França e sua esposa descobriu). Na Inglaterra o Rei
Henrique VIII (Eric Bana) ficou encantado com as irmãs, e não demorou muito
para ter um caso com Maria (no filme é como se Maria tivesse se apaixonado pelo
Rei e nos passa uma imagem de “santa”, o que na realidade foi bem diferente,
ela se envolveu com o Rei pela família dela que queria lhe garantir um futuro,
e anos depois o rei lhe arranjou um casamento. Maria teve um filho que no filme
nos mostra que é do Rei, mas na história real, o filho foi de seu marido). Ana
Bolena, diferente de sua irmã, realmente se apaixona pelo Rei e não quer ser
amante dele, ela deseja ser a Rainha, mas pra isso precisa desbancar Catarina
de Aragão (Ana Torrent). Com seus jogos, ela convence Henrique de pedir
divórcio (o que era inadmissível na época, e por conta de Ana, Henrique cria
uma intriga com a igreja católica e nasce a igreja anglicana).
Depois de casados, Henrique deseja um herdeiro, pois
Catarina só havia lhe dado uma menina. Porém, Ana possui dificuldades em
engravidar e começa a sofrer muito com isso, e aturar os maus tratos de seu
marido, sem contar que é duramente rejeitada pelos seguidores de Catarina de
Aragão. Quando finalmente engravida, dá a luz a uma menina, Isabel. Após sua
primeira e única filha, o restante das gestações acaba em aborto ou natimortos.
Henrique inicia um caso com Joana Seymour, o que deixa Ana
mais irritada. No filme, Ana decidida a engravidar de um herdeiro recorre a seu
irmão George Bolena (Jim Sturgess), mas não consegue dormir com ele. Acusada de
incesto, pois a esposa de George ouviu a conversa, e como sempre foi desprezada
pelo marido e sabia o quanto ele amava as irmãs, ela conta tudo para o Rei e
aos conselheiros, que acusam Ana Bolena de traição e incesto.
Ao fim, George é decapitado, e Ana também tem este mesmo
destino. Desesperada, pede ajuda de Maria que tenta convencer o Rei de que nada
ocorreu, mas este não acredita. Ana pede para que então morra como Rainha e de
cabeça erguida, pedindo para que sua cabeça seja cortada com uma espada. Isabel
(filha de Ana e de Henrique) acaba sendo criada por Maria e seu segundo marido.
Voltando a história real, Ana realmente foi morta desta
forma, mas ao que parece, alem da esposa de George ter inventado essa estória
de incesto, quem também teve participação foram alguns conselheiros que sabiam
que Ana tinha grande influencia e não concordavam com suas idéias. Até porque,
segundo relatos, George e Ana foram torturados e em nenhum momento assumiram a
traição. Quanto a Maria, seguiu sua vida com seu segundo marido, e o Rei
Henrique ainda foi casado mais 4 vezes, conseguindo finalmente seu herdeiro, e
só reconhecendo as filhas de Catarina e Ana, após sua ultima esposa convencê-lo.
Isabel foi criada pela Corte, e para quem não sabe acabou
tornando-se a Rainha Elizabeth. Mas essa história é contada em outro filme que
em breve estará por aqui.
O filme apesar de alguns detalhes, não peca muito diante da
história. Vale muito a pena ver, um filme lindo que nos mostra uma época que
era difícil ser mulher e nos faz enxergar até onde um ser humano é capaz de ir
pelo poder.
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