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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A Outra

Por Fernanda Gouveia

        Se tem Natalie Portman, é bom. Este é meu lema, que não vem me decepcionando!

        ATENÇÃO: Contem Spoilers. Contarei a história do filme, pois basicamente quem estudou no colégio a respeito de Henrique VIII, já saberá o que acontece.

        Em A Outra, temos tudo baseado numa história real. Depois que vi o filme, corri para descobrir cada detalhe da história.


        As irmãs Ana Bolena (Natalie Portman) e Maria (Scarlett Johansson) quando adolescentes foram para França ter uma melhor educação, anos depois voltaram para a Inglaterra (segundo os relatos que li, foi porque Maria teve um caso com o Rei da França e sua esposa descobriu). Na Inglaterra o Rei Henrique VIII (Eric Bana) ficou encantado com as irmãs, e não demorou muito para ter um caso com Maria (no filme é como se Maria tivesse se apaixonado pelo Rei e nos passa uma imagem de “santa”, o que na realidade foi bem diferente, ela se envolveu com o Rei pela família dela que queria lhe garantir um futuro, e anos depois o rei lhe arranjou um casamento. Maria teve um filho que no filme nos mostra que é do Rei, mas na história real, o filho foi de seu marido). Ana Bolena, diferente de sua irmã, realmente se apaixona pelo Rei e não quer ser amante dele, ela deseja ser a Rainha, mas pra isso precisa desbancar Catarina de Aragão (Ana Torrent). Com seus jogos, ela convence Henrique de pedir divórcio (o que era inadmissível na época, e por conta de Ana, Henrique cria uma intriga com a igreja católica e nasce a igreja anglicana). 

        Depois de casados, Henrique deseja um herdeiro, pois Catarina só havia lhe dado uma menina. Porém, Ana possui dificuldades em engravidar e começa a sofrer muito com isso, e aturar os maus tratos de seu marido, sem contar que é duramente rejeitada pelos seguidores de Catarina de Aragão. Quando finalmente engravida, dá a luz a uma menina, Isabel. Após sua primeira e única filha, o restante das gestações acaba em aborto ou natimortos. 

        Henrique inicia um caso com Joana Seymour, o que deixa Ana mais irritada. No filme, Ana decidida a engravidar de um herdeiro recorre a seu irmão George Bolena (Jim Sturgess), mas não consegue dormir com ele. Acusada de incesto, pois a esposa de George ouviu a conversa, e como sempre foi desprezada pelo marido e sabia o quanto ele amava as irmãs, ela conta tudo para o Rei e aos conselheiros, que acusam Ana Bolena de traição e incesto. 

        Ao fim, George é decapitado, e Ana também tem este mesmo destino. Desesperada, pede ajuda de Maria que tenta convencer o Rei de que nada ocorreu, mas este não acredita. Ana pede para que então morra como Rainha e de cabeça erguida, pedindo para que sua cabeça seja cortada com uma espada. Isabel (filha de Ana e de Henrique) acaba sendo criada por Maria e seu segundo marido.

        Voltando a história real, Ana realmente foi morta desta forma, mas ao que parece, alem da esposa de George ter inventado essa estória de incesto, quem também teve participação foram alguns conselheiros que sabiam que Ana tinha grande influencia e não concordavam com suas idéias. Até porque, segundo relatos, George e Ana foram torturados e em nenhum momento assumiram a traição. Quanto a Maria, seguiu sua vida com seu segundo marido, e o Rei Henrique ainda foi casado mais 4 vezes, conseguindo finalmente seu herdeiro, e só reconhecendo as filhas de Catarina e Ana, após sua ultima esposa convencê-lo.
Isabel foi criada pela Corte, e para quem não sabe acabou tornando-se a Rainha Elizabeth. Mas essa história é contada em outro filme que em breve estará por aqui.

        O filme apesar de alguns detalhes, não peca muito diante da história. Vale muito a pena ver, um filme lindo que nos mostra uma época que era difícil ser mulher e nos faz enxergar até onde um ser humano é capaz de ir pelo poder.






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