É simplesmente maravilhoso! Confesso que foi difícil segurar
as lágrimas que insistiam em cair. É inegável que a estória é bem clichê, pois
Marley Corbett (Kate Hudson) que foge de relacionamentos possui diversos amigos
e vive a vida intensamente, é diagnosticada pelo médico Julian Goldstein (Gael
García Bernal) com um câncer em estado avançado, o medo que sente ao ter a
noticia revelada acaba sendo substituído por achar o médico um gato (o que não
deixa de ser verdade) e por levar a doença como uma brincadeira. É quando numa
viagem astral (alguns podem achar boba, mas eu achei a cena fofíssima) Marley
encontra God (Whoopi Goldberg) que lhe dá direito a 3 pedidos antes que o
inevitável aconteça, é quando a protagonista descobre que talvez o que
realmente lhe falte seja o amor.
Um erro trágico de quem classificou este filme como comédia
romântica, claro que nos faz rir em alguns momentos, mas se choramos não é
devido às gargalhadas e sim ao drama.
Todos os personagens no tocam de alguma forma, pois aqui
veremos o medico que mesmo ao saber da doença da paciente sai com ela, à amiga
Sarah Walker (Lucy Punch) que trabalha com Marley e vive intensamente, o amigo
gay Peter Cooper (Romany
Malco) que para
alegrá-la manda-lhe o anão Vinnie (Peter
Dinklage) como
“companhia” (uma das melhores cenas com certeza), o pai ausente Jack Corbett (Treat
Williams), a mãe
Beverly Corbett (Kathy Bates) que com seu jeito insistente de
querer cuidar da filha (como toda mãe insiste em ser) nos cativa e nos emociona
com seu amor incondicional, o cachorro que ela tanto adora, e claro a
personagem que mais nos faz refletir é a amiga grávida Renee Blair (Rosemarie
DeWitt), é através dela que o diretor nos mostra que enquanto Marley sente sua
vida indo embora, alguém próximo a ela tem a chegada de uma nova vida, o que a
coloca num grande conflito em sentir uma grande dor e uma grande alegria ao
mesmo tempo.
Aquele que não chorarem enquanto Marley se despede de cada
um, por gentileza colocar uma pedra no lugar do coração. É simplesmente
comovente! O mais impressionante é que depois de derramar as lágrimas, o filme
te faz sorrir no final sutilmente. O sorriso simplesmente se perfaz no rosto, e
você se dá conta que valeu a pena e que apesar do drama, o final é absurdamente
feliz.
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