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domingo, 15 de julho de 2012

Pronta Para Amar

Por Fernanda Gouveia


        Preparam os lenços!


 

        É simplesmente maravilhoso! Confesso que foi difícil segurar as lágrimas que insistiam em cair. É inegável que a estória é bem clichê, pois Marley Corbett (Kate Hudson) que foge de relacionamentos possui diversos amigos e vive a vida intensamente, é diagnosticada pelo médico Julian Goldstein (Gael García Bernal) com um câncer em estado avançado, o medo que sente ao ter a noticia revelada acaba sendo substituído por achar o médico um gato (o que não deixa de ser verdade) e por levar a doença como uma brincadeira. É quando numa viagem astral (alguns podem achar boba, mas eu achei a cena fofíssima) Marley encontra God (Whoopi Goldberg) que lhe dá direito a 3 pedidos antes que o inevitável aconteça, é quando a protagonista descobre que talvez o que realmente lhe falte seja o amor.

        Um erro trágico de quem classificou este filme como comédia romântica, claro que nos faz rir em alguns momentos, mas se choramos não é devido às gargalhadas e sim ao drama.

        Todos os personagens no tocam de alguma forma, pois aqui veremos o medico que mesmo ao saber da doença da paciente sai com ela, à amiga Sarah Walker (Lucy Punch) que trabalha com Marley e vive intensamente, o amigo gay Peter Cooper (Romany Malco) que para alegrá-la manda-lhe o anão Vinnie (Peter Dinklage) como “companhia” (uma das melhores cenas com certeza), o pai ausente Jack Corbett (Treat Williams), a mãe Beverly Corbett (Kathy Bates) que com seu jeito insistente de querer cuidar da filha (como toda mãe insiste em ser) nos cativa e nos emociona com seu amor incondicional, o cachorro que ela tanto adora, e claro a personagem que mais nos faz refletir é a amiga grávida Renee Blair (Rosemarie DeWitt), é através dela que o diretor nos mostra que enquanto Marley sente sua vida indo embora, alguém próximo a ela tem a chegada de uma nova vida, o que a coloca num grande conflito em sentir uma grande dor e uma grande alegria ao mesmo tempo.

        Aquele que não chorarem enquanto Marley se despede de cada um, por gentileza colocar uma pedra no lugar do coração. É simplesmente comovente! O mais impressionante é que depois de derramar as lágrimas, o filme te faz sorrir no final sutilmente. O sorriso simplesmente se perfaz no rosto, e você se dá conta que valeu a pena e que apesar do drama, o final é absurdamente feliz.





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